domingo, 26 de agosto de 2012

É desta água que precisamos


Certo dia uma mulher cansada de uma longa caminhada em busca de água teve um encontro inusitado com alguém muito especial. Seu cansaço seria recompesado em alguns segundos com a tão refrescante água. Após sacear sua sede, um novo ciclo teria seu reinício. A sede viria e novamente aquela mulher voltaria ao poço. 

Hoje esta mulher nos representa. Representa pessoas que todos os dias correm para saciar sua sede, ora por dinheiro, ora por sucesso, ora por superação de algum trauma, ora por um minuto de alegria, de prazer...  

A caminhada representa a nossa vida, tão imprevisível, mas, às vezes, tão repetitiva como o vai e vem das ondas do mar, como o nascer e o pôr-do-sol. 

A história termina com uma proposta àquela mulher (samaritana). Aquele homem ofereceu uma água diferente daquela água que representa as coisas desta vida, os prazeres, os sonhos, as pessoas, tudo aquilo que nos traz prazer, mas que não nos sacia por muito tempo. 

Isso acontece com todos nós. Crescemos no conforto do lar e temos em nossos pais a nossa água. Quando adolescentes fazemos da nossa água o companheiro(a)/namorado(a), mas a idade avança e nos tornamos adultos. Vêm as responsabilidades, as cobranças, e então entendemos que a nossa água está num bom emprego. Nos esforçamos, estudamos e conseguimos o desejado emprego. Então a sede volta com a necessidade de formar uma família. É quando precisamos deixar a casa dos nossos pais e encontrar alguém para construir nosso ninho. A sede volta quando entendemos que precisamos de filhos. Os filhos nascem, crescem e saem do ninho. A sede volta novamente. 




Sabe porque? Porque as pessoas passam, elas vêm e vão, os projetos são concluídos, as festas tem hora para começar e logo terminam, e em nosso contexto a graduação começou e terminou.

Quando nossa sede é saciada em cada uma destas coisas sempre voltamos a ter sede. Esta sede gera em alguns tristeza, insegurança, ansiedade e sentimento de perda. A novidade não é a busca da água, a novidade é que podemos ter a água dentro de nós, sem desgaste emocional ou físico.

Ontem estávamos eu e mais 22 pessoas, aproximadamente. Às 22h já era um número bem reduzido, eu e mais 6 pessoas. No fim da manhã era apenas eu e Iglesias. E pouco tempo eu estava “só”. 

Voltando para casa vieram à mente várias perguntas. Acho que já estou começando a perceber que terminou, rs. Uma das perguntas foi: O que seria de mim se não fosse a outra água? Se tudo passa nesta vida, o que podemos sempre levar conosco, além das lembranças e dos troféus? 

O homem tão especial da história foi Jesus. E porque especial neste contexto? Porque hoje entendo que eu tenho a sua água dentro de mim. Os medos, as incertezas, as preocupações se esvaem, somem, quando me refrigero Nele, pelo seu Espírito: a água. Esta “água” supriria a sede daquela mulher para sempre. Quando as pessoas mais chegadas e os pais não estão mais presentes, quando os filhos seguem seus rumos... entendemos que a nossa sede só pode ser saciada nesta maravilhosa e sempre presente fonte: o Espírito Santo de Deus, amigo, consolador, encorajador, Deus conosco.

Deus nos abençoe e nos encha com sua presença.

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